Para evitar qualquer tipo de especulação e para responder a diversas perguntas que não calam, vou contar toda historia!
Já devo ter mencionado sobre meu caderno “azul de lamentações” que mantive enquanto estava no Rio, ainda não tinha tido coragem de revelar todas as inúmeras asneiras e aflições que me atormentaram durante os últimos dias do Falecido (casamento)....Antes enfermo, em serio estado de saúde na UTI (casamento), resolvi escrever sobre o que estava acontecendo de fato. Agora o que segue são alguns pensamentos extraídos do meu caderno azul e que compartilho com você agora, amigo, curioso, bisbilhoteiro ou qualquer que seja o motivo que o traz aqui!
06/03
Durante esses dias aconteceram várias coisas, o “enfermo” saiu da UTI, foi pro CTI e veio a óbito finalmente. Pois é, quem diria, morreu, escafedeu-se, bateu as botas, partiu dessa para melhor (assim espero)!
Um belo dia (para falar a verdade um péssimo dia) cheguei em casa depois de um dia estressante e frustrante. Pedi então que me então conjugue me falasse uma frase que me ajudasse a esquecer os meus atuais problemas (inclusive, ele mesmo), mas, o que eu tive como resposta foi um grande NADA, que já me invadia já há algum tempo. Então cansada daquela situação indefinida, larguei o pau a falar até que a frase que não queria calar surgiu meio que de repente “NÃO AGUENTO MAIS”....sim, sim, foi assim mesmo, depois disso veio aquela conversa sofrida sobre o pobre falecido sentimento e naturezas, infelicidades, falta de chances...etc...etc...etc...( e eu lá querendo me jogar no caixão dos sentimentos) então, foi um tal de chororô pra lá e pra cá e um consola dali e consola daqui. Os dias se passaram e eu ainda tinha a dura tarefa de esperar a minha mãe chegar para o velório e enterro do casamento falecido.
Os dias se passaram como uma grande montanha russa horas eu estava bem, outras mal, pensando como teria sido se o pobre casamento não tivesse partido tão precocemente (tadinho, era só uma criança de três anos de idade).....
Durante esses dias mantive um contato com minha mãe maior do que o normal, afinal, ela não se conformava e queria se jogar junto comigo e no caixão do sentimento, mas, enfim, depois de muitas e longas conversas decidimos, fazer o que se faz com todo e qualquer defunto. Detalhe, achei mais prudente, não me jogar no caixão, daí em diante o processo pra oficializar a morte foi tão rápida como para providenciar o nascimento.
Depois de uma ressaca moral-sentimental e mais uma frustração, pela qual fui obrigada a passar (graças a Deus), era hora de decidir o que fazer comigo, já que no caixão do sentimento eu resolvera não permanecer. Então, resolvi meio que intempestivamente me mudar para Brasília para tentar quem sabe, achar um eixo! Minha mãe adorou a idéia para minha total e absoluta surpresa. Mais um dia se passa e o velho dilema, me vem a cabeça como um relâmpago: quem sou, o que eu fiz, para onde eu vou, o que tem de mau na minha natureza? Ele fala que me ama, mas não quer ficar comigo? Parei, e gritei um enorme Não mental, pensei – Vou Pra BSB passar uns tempos com meus amigos e daí descido o que fazer da vida.
Um dia meu ex conjugue até então atual, me convidou para uma saidinha básica, ir ao teatro ( eu havia comentado que gostaria de fazer esse programa qualquer hora) talvez esse tenha sido o ultimo pedido de esposa..então, La estava eu mais uma vez conversando sobre a repentina morte e ainda inexplicável pra mim (os atos não correspondiam aos fatos). A conversa terminou como todas as outras, mas, o show foi legal demais!
Ontem fomos levar os documentos necessários a declaração de óbito, ops, desculpa, pra separação consensual e descobri pela advogada que já estávamos separados há 2 anos (mó sacanagem , esse tempo todo e eu nem aproveitei).
Hoje, finalmente a minha mãe chega, ela e minha sogra estão tentando desesperadamente ressuscitar o falecido. Já sei a conversa muito longa que vamos ter, tenho que explicá-la que ela não é Jesus e meu casamento não é o lázaro.
Depois que minha mãe chegou os dias se passaram mais tranqüilos, alem das lembranças, doces e amargas, me restava colocar dentro das caixas pedaços de sonhos... (mas quem liga pra isso?)
Como estou Hoje? Fica pro próximo capitulo